segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Economia, Sociedade e Política dos povos Maias

                                                                          SOCIEDADE

    A sociedade maia tinha uma organização bastante diferente dos demais impérios consolidados ao longo do continente americano. Organizando-se de forma descentralizada, os maias dividiam o poder político entre diversas cidades-Estado. Em cada uma delas, um chefe, chamado de halach vinic, governava a região em nome de uma divindade específica. Seu poder era repassado hereditariamente e os principias cargos administrativos eram por ele delegados. Os funcionários públicos da cidade eram todos de origem nobiliárquica e desempenhavam cargos de confiança. Entre outras funções, este corpo de funcionários deveria controlar os exércitos, fiscalizar a arrecadação de impostos e a aplicação das leis. Outro importante cargo era desempenhado pelos sacerdotes, que orientavam os sacrifícios e oferendas realizadas durante as cerimônias religiosas. Além disso, a classe sacerdotal maia deveria cuidar da disseminação das técnicas e conhecimentos dominados pela civilização. Logo abaixo, na pirâmide social maia, existia uma ampla camada social intermediária. Nela encontravam-se artesãos e guerreiros que exerciam atividades importantes na manutenção das instituições e da economia maia. Em seguida, situavam-se as classes trabalhadoras responsáveis pelo cultivo das terras e da construção das obras públicas. O trabalho por eles desempenhado era usufruído por toda a sociedade, tornando-se assim, o sustentáculo da economia maia. Na base da sociedade estavam os escravos, geralmente obtidos por conquistas militares e o não pagamento de tributos. 

                                                                     ECONOMIA 

        O milho era considerado um dos principais gêneros agrícolas da dieta alimentar maia. Seu cultivo contava com técnicas bastante desenvolvidas que trabalhavam em um sistema rotativo de terras. Alem disso, utilizavam das queimadas para explorarem terras ainda não cultivadas. O grande consumo do milho e o uso das queimadas faziam com que as terras férteis sofressem um rápido processo de desgaste. Além do milho, a abóbora, o feijão, o tomate e várias raízes eram alimentos usualmente consumidos pelos maias. A culinária maia também apreciava o uso de temperos e especiarias. A baunilha, a pimenta e o orégano eram produtos utilizados no tempero dos alimentos. A caça era outra atividade econômica de grande importância. Antas, tartarugas, coelhos, macacos, veados e jaguares eram os principais tipos de caça apreciados.

Economia, Sociedade e Política dos povos Incas

Os Incas tinham uma organização política própria. O chefe dos Incas era o INKA ou SAPAN INKA e eram considerados “Filhos do deus sol”, com isso, eles possuíam poderes sem limites. O Inka era considerado um deus vivo e por isso também era o poder religioso dos incas. Apenas o mais nobre homem da linhagem Inka podia dirigir a palavra ao Inka e repassar as informações aos outros súditos. Algumas das mulheres do Império Inca coletavam cabelo e saliva do Rei, como forma de se protegerem de maldições. O Inka, por ser chefe do Estado inca, dividiu o terreno cultivável em 3 partes: parte para o rei e sua família; parte para o deus Sol, controlada pelos sacerdotes; parte para o povo. A cidade onde o Estado inca estava estabelecido era a cidade de Cuzco. A sociedade era extremamente hierarquizada e formada por: nobres ( governantes, chefes militares, juízes e sacerdotes), camada média ( funcionários públicos e trabalhadores especializados) e classe mais baixa (artesãos e os camponeses). Esta última camada pagava altos tributos ao rei em mercadorias ou com trabalhos em obras públicas. Com a expansão do império inca foi preciso a criação de um sistema para que tudo se mantivesse em ordem, por isso eles inventaram um sistema matemático chamado Quipu. O Quipu era um conjunto de nós que eram juntados apartir de uma corda principal. De acordo com a expessura da corda, o tipo de nó que ela tenha e a grossura do nó se tinham, como base, aquilo que era necessário e o quanto tinha para o império, dentre elas o alimento, a vestimenta, as armas, etc. As pessoas que tinham como tarefa fazer essas contas era conhecidas como Quipucamayoc, e elas se separavam pelo império todo. A organização dos incas era tão apurada e precisa que não existia pobreza em nenhuma parte do império, todos tinham oque vestir e comer. A divisão de terra, para o povo, era feita de acordo com a quantidade de membros na família, quanto mais filhos tiver mais terras terá, isso acontecia para que essa família pudesse ter um terreno onde o plantio e a colheita desse para todos da família. Os incas tinham 3 regras básicas: não roubar, não mentir e não ser preguiçoso. Com o primeiro grande imperador inca um sistema autoritário foi implantado. A língua dos incas, o quetchua, foi imposto para todo o reino, e é a língua principal das províncias incas até os dias de hoje. Um sistema de impostos, chamado mita, obrigava os súditos a trabalharem de graça para o reino; os súditos tinham que levar tributos na forma de testeis e outros bens. Os incas conseguiram grandes conquistas, principalmente de território, porém essas conquistas acabavam por levar a uma maneira de dominação cruel chamada de michmais, em que os líderes de um povo recém-conquistado eram substituídos por líderes incas. O michmais também afastava pessoas de suas famílias e, com isso, a tribo dominada foi sendo dividida. Os incas impulseram até mesmo sua religião para os povos conquistados e eles, por sua vez, tinham que aceitar, pois os incas estavam dispostos a fazer tudo para que eles a aceitassem.



Economia, Sociedade e Política dos povos Astecas

                                                                         Economia
 
    Ao longo da expansão do povo asteca, a agricultura foi se tornando a sua principal atividade econômica. Mesmo habitando uma região com terrenos alagados, desenvolveram técnicas agrícolas que superavam as limitações naturais da região. Uma interessante técnica agrícola desenvolveu-se com a construção das chinampas. As chinampas eram grandes esteiras de junco sustentadas por hastes fixadas no fundo dos lagos. Na superfície da chinampa era depositada a fértil lama encontrada no fundo dos lagos. Dessa forma foi possível ampliar a produção agrícola. Além disso, os astecas também utilizaram de canais de irrigação que tornavam possível o plantio em regiões menos férteis. O comércio também figurava entre uma das principais atividades da economia asteca. Em grandes mercados, como o de Tlatelolco, pessoas realizavam trocas de artesanatos, alimentos, pequenos animais, utensílios e ervas medicinais. Além de realizarem o comércio através do escambo, também utilizavam a semente do cacau como uma moeda de troca. 
                                     
                                                                   Sociedade e Política 

     Baseada em uma forte tradição militarista, os astecas possuíam uma organização social vinculada pela posição política e econômica reservada a cada um dos seus membros. O Estado asteca era chefiado por um imperador que contava com o apoio de funcionários na administração das terras e construções do império. No topo da hierarquia social asteca estavam os nobres, os sacerdotes e os militares. Estas três classes exerciam importante papel na manutenção do império, na conquista de novas terras e no contato entre os homens e os deuses. Logo em seguida estavam os comerciantes e artesãos. Muitos deles eram admirados pela habilidade em dominar complexas técnicas, como a ourivesaria. Estes, além de controlarem uma parte significativa da economia asteca, também circulavam pelo império realizando alguns trabalhos para o Estado e praticando a espionagem. Em razão de sua grande importância, muitos deles não eram obrigados a pagar tributos ao Estado. A grande parcela da população era composta por camponeses. Estes seguiam as orientações do Estado no cultivo das terras e na construção de obras públicas. Cada camponês, ao se casar, recebia um lote de terras que deveria ser administrado por ele. Em troca do serviço prestado, os camponeses recebiam alimentos, vestimentas e tinham seus filhos introduzidos nas instituições de ensino do governo. No mais baixo estrato da escala social estavam os escravos que, de acordo com a condição que usufruíam, poderiam ascender socialmente. A vasta população organizada sob o domínio asteca marcou a existência de uma das mais complexas sociedades da América pré-colombiana. A extensão dos núcleos urbanos e a organização sociopolítica asteca faziam frente e, em certos casos, ultrapassavam as dimensões dos centros urbanos da Europa do século XVI. Os colonizadores espanhóis ao chegarem na região fizeram vários relatos sobre a riqueza do povo asteca.

Conceito de Astecas



Dentre os três principais povos da América pré-colombiana, os Astecas foram os mais poderosos e desenvolvidos. Eram índios que migraram para o Vale do México, para a ilha do Lago Texcoco. São originários de uma região dos Estados Unidos, onde viviam como nômades.

Foram os últimos a chegar no planalto mexicano, fixaram-se no local, mesclaram-se com os toltecas e constituíram, assim, o “Império Asteca”. O centro do império era a cidade de Tenochtetlán, hoje a cidade do México. Cada cidade-estado possuía seu próprio rei, mas na época da ocupação espanhola, os indígenas obedeciam apenas a Montezuma, imperador asteca, provando o quanto eram organizados.

Conceito de Maias


Esta foi provavelmente a mais antiga das civilizações pré-colombianas, porém perdeu em desenvolvimento se comparada aos Incas e aos Astecas. Habitaram nas florestas tropicais, atualmente localizadas nas regiões da Guatemala, Honduras e Península de Yucatán (México).

Organizaram-se em cidades-estado, as quais tomavam decisões políticas e religiosas. Como não eram um império unificado não constituíam força suficiente para evitar as invasões dos povos vizinhos.

As cidades eram governadas por um estado teocrático, as guerras que aconteciam tinham o objetivo de capturar prisioneiros para serem sacrificados aos deuses. A Religião era Politeísta. Acreditavam em deuses ligados à natureza que regiam o destino dos homens. Por causa disso eram realizados sacrifícios de alimentos, animais e seres humanos aos deuses.

Conceito de Inca



Os Incas viveram aproximadamente de 3000 a.C. a 1500 d.C. no Peru, Chile, Bolívia e Equador, mais especificamente na Cordilheira dos Andes. Os atuais povos indígenas do Peru são descendentes dos Incas.

Esse povo tornou-se conhecido em todo o mundo pela sua cultura e tradição, pelos objetos de ouro que confeccionavam, pela utilização de pedras em suas obras tais quais estradas nas montanhas, canais de irrigação, etc. Os Incas eram politeístas, ou seja, acreditavam em vários deuses como o trovão, a lua, o mar, o sol, etc. Sacrificavam animais e humanos em honra aos deuses que cultuavam.

A capital do Império Inca chamava-se Cuzco, e lá havia o maior templo de culto ao deus Sol, o principal deus da religião inca.

A sociedade inca era dividida em três grupos, que se organizavam hierarquicamente formando uma pirâmide: na base ficavam os yanaconas, que eram escravos selecionados para proteger seus senhores; na parte do meio da pirâmide ficavam os nobres que eram membros da família do Inca ou descendentes dos chefes de clãs; e os sacerdotes, denominados de “Grande Inca”, ficavam no topo da pirâmide e realizavam culto ao Sol. Eles eram responsáveis pelos cultos religiosos e pela educação dos jovens.

Homens casavam aos vinte anos e mulheres aos dezesseis. Eles mesmos escolhiam com quem casar e ao realizarem a cerimônia recebiam terras para morar.
Aos 10 anos as mulheres passavam por uma seleção. As mais inteligentes e bonitas, sendo da etnia dos Incas, eram escolhidas e mandadas para Cuzco. Lá eram educadas por mulheres mais velhas. Algumas se tornavam esposas do imperador ou de quem ele indicasse, outras permaneciam virgens para participar do culto solar. Estas se empregavam em fiar e tecer.

O restante do povo era responsável pela produção dos alimentos através da agricultura. A produção dividia-se em três partes: uma destinada ao culto do Sol, uma ao Inca e a outra à comunidade. O excedente de produção era armazenado em celeiros para períodos de fome ou para festejos. Eles contavam também com um eficiente sistema de irrigação.

No comércio não era utilizada nenhum tipo de moeda, mas sim nas feiras era de costume trocar alimentos por outros alimentos ou receber alimentos em troca de serviços prestados. Na maioria das vezes, porém, o povo produzia todo o necessário para a sua sobrevivência, dispensando a prática comercial. Apesar disso, os Incas desenvolveram um sistema numérico e um equipamento para auxiliar a contagem: três cordas indicando a dezena, a centena e a milhar, chamadas de “quipus”. Apenas alguns funcionários manuseavam os “quipus”.

A educação dos homens também era dada nas escolas de Cuzco, mas não era como a das mulheres. Era um sistema bem mais severo, não só com aulas sobre a religião, a história, etc., mas também aprendiam a lutar e fabricar armas além de praticarem violentos exercícios que por vezes os levavam até a morte. Estes que passavam por esta educação tinham a sua orelha furada ao terminarem, para indicar que eles faziam parte de uma elite formada por funcionários que eram chefes valorosos para o Império.

Quanto à sua cultura, praticavam diversas danças, como rituais, cada uma com seu significado e em ocasião adequada à mesma de acordo com os costumes e crenças.

O chamado “Vale Sagrado dos Incas” localiza-se nas cidades de Pisac e Machu Picchu, no Peru, prolongando-se por mais de 100km. Encontra-se a uma altura de 2800 metros acima do nível do mar, com temperatura média anual de 18°C. É chamado assim por ser localizado próximo a Cuzco e ser formado pelas correntezas do rio Willkanuta (Casa do Sol), além de possuir milenares centros administrativos, rica flora e fauna, inumeráveis riachos e cachoeiras entre os bosques mais altos do mundo. Os Incas realizavam uma peregrinação até lá por acreditarem que se tratava do rio sagrado. Para eles o rio era o espelho da Via-Láctea, sendo que esta era o rio sagrado no Céu e aquele o rio sagrado aqui na Terra.

A arquitetura do povo inca também é um fato notável. Além dos enormes desníveis no solo da região, aconteciam muitos terremotos, mas este povo foi tão brilhante em suas construções que até hoje elas permanecem. Tanto os vários quilômetros de estrada entre as montanhas, quanto o sistema de irrigação, as pontes, dentre muitas outras construções. A arte destacou-se, como já falamos através dos objetos de ouro, calçados e tecidos.

Embora tenham sido bastante desenvolvidos, não criaram nenhum sistema de escrita.